segunda-feira, 9 de abril de 2012

Plenário pode votar mudança na Lei Seca para ampliar provas


Hugo Leal apresentou projeto para garantir punição de motoristas.
Projeto foi apresentado há uma semana, no mesmo dia em que o STJ decidiu que somente teste de bafômetro e exame de sangue podem provar embriaguez. Se mudança for aprovada, testemunhos e vídeos poderão garantir processo criminal.
Agência Câmara de Notícias

O Plenário da Câmara poderá votar na quarta-feira (11) projeto que muda a Lei Seca (11.705/08) e autoriza o uso de testemunhos, exame clínico, imagens e vídeos como meios de prova para confirmar a embriaguez de motoristas (PL 3559/12). A votação rápida da proposta, apresentada há apenas uma semana, é uma reação dos parlamentares à decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do último dia 28, que considerou como prova de embriaguez apenas os resultados obtidos com bafômetro e exame de sangue.

O relator do projeto, deputado Edinho Araújo (PMDB-SP), vai apresentar substitutivo mantendo somente a ampliação das provas, que é consensual – outras questões tratadas pelo projeto, como aumento de pena e mudança nos índices de álcool no sangue, serão deixadas para um segundo momento. Além disso, será incluído no texto o enquadramento na Lei Seca de motorista que dirige sob efeito de outras substâncias psicoativas, legais ou ilegais.

De acordo com o autor da proposta, deputado Hugo Leal (PSC-RJ), as mudanças foram acordadas em reunião de líderes partidários na semana passada. O anúncio da inclusão do projeto na pauta do Plenário foi feito pelo presidente da Câmara, Marco Maia, após reunião com os ministros Aguinaldo Ribeiro (Cidades) e José Eduardo Cardoso (Justiça).

Para Cardoso, as mudanças na Lei Seca vão viabilizar a punição de quem dirige sob efeito de álcool. O ministro ressaltou que o formato atual da lei torna impossível a punição, já que o motorista pode se negar a fazer o teste do bafômetro e o exame de sangue, mesmo que haja sinais evidentes de embriaguez. A lei considera crime dirigir sob concentração de álcool superior a 0,6 grama por litro de sangue.



Frente Parlamentar
Presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, o deputado Hugo Leal também é autor da proposta que deu origem à Lei Seca. Ele apresentou o PL 3559/12 no mesmo dia da decisão do STJ. O texto, construído com a ajuda de especialistas em trânsito, foi discutido com o Ministério da Justiça e com a Casa Civil da Presidência da República.

Desde o início do ano, a Câmara vem discutindo a possibilidade de ampliar os meios de prova para crimes de trânsito, mas o debate estava concentrado no PL 2788/11, do Senado, que tramita em conjunto com mais 16 projetos. O texto ainda aguarda parecer na Comissão de Viação e Transportes.



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Um comentário:

  1. Eu sou a favor de uma Lei Mais Punitiva aos condutores embriagados que forem flagrados dirigindo veículos ou mesmo que lhes permita dirigir sabendo de tal situação a fim de bular a fiscalização em pontos determinados, mas também penso que eles devam ser baixados em clínicas involuntariamente para tratamento e desintoxicação por conta de um programa da União, estados e municípios, a fim de custear a internação pelo tempo mínimo necessário, pois pelo que acompanhamos esses delitos são um problema que se arrastam a anos sendo até um caso claro de Saúde Público e como tal deve ser tratado, sendo que aqui no Rio Grande do Sul eu coloquei na traseira do veículo que dirijo uma frase bem pontual alertando quanto ao fato de direção consciente bem assim: "Se For Dirigir Beba Chimarrão", que é um hábito dos Gaúchos de tomar tal bebida com água quente na cuia com erva mate (Ilex paraguariensis) e tenho "ditto"!

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