quinta-feira, 31 de março de 2011

Nasa quer que galinhas façam aviões voar



Como assim, a Nasa não sabe que galinhas não voam? Claro que sabem, por isso eles querem desenvolver um combustível para aviões feito a partir de gordura de galinha.
Parece meio estranho, mas na verdade é estranho mesmo: Cientistas dos Centros de Pesquisa Langley e Dryde, da agência espacial, estão usando gordura de galinha como biocombustível num avião DC-8 (o da foto). Os testes são feitos para medir a performance e quantidade de emissões geradas pelo avião com o “Hydrotreated Renewable Jet Fuel”.
Esse é o segundo “Experimento de Combustíveis de Aviação Alternativos”, o primeiro que vai utilizar gordura de galinha. Mais precisamente, 30.283 litros de gordura de galinhas. Todos esses litros de gordura foram doados pela Força Aérea americana.
Para o teste foram desenvolvidas duas formas: 100% biocombustível de galinhas, um que mistura 50% de biocombustível com 50% de propelente comum (algo próximo do querosene), além dos testes com o combustível comum para comparação. O teste vai fornecer dados de emissões de gases e partículas e o comportamento do motor e do sistema do avião.
30 mil litros de gordura de galinhas… isso não parece boa ideia, mesmo.

Fonte: http://eco4planet.uol.com.br/blog/2011/03/nasa-quer-que-galinhas-facam-avioes-voar/

quarta-feira, 30 de março de 2011

Violência contra a mulher não é só dar porrada




por Leonardo Sakamoto

Muitas mulheres são vítimas de violência doméstica, preconceito no trabalho, enfrentam jornadas triplas (trabalhadora, mãe e esposa), não têm direito à autonomia do seu corpo – que dirá de sua vida, pressionadas não só por pais e companheiros ignorantes mas também por uma sociedade que vive com um pé no futuro e o corpo no passado. A qual todos nós pertencemos e, portanto, somos atores da perpetuação de suas bizarrices. Discutimos muito sobre as mudanças estruturais pelas quais o país tem que passar, citando saúde, educação, transporte, segurança, mas esquecemos dos problemas ligados aos grupos que sofrem com o desrespeito aos seus direitos fundamentais. Que não conhecem classe social, cor ou idade. Como as mulheres que são maioria – e minoria.
Nesta quinta (25), celebra-se o Dia Latino-Americano e Caribenho de Luta contra a Violência à Mulher. Trouxe algumas ponderações que reuni nos últimos tempos sobre diversas formas de violência que praticamos diariamente para relembrar a data: (e para uma leitura mais aprofundada, recomendo sempre o blog Viva Mulher, da jornalista Maíra Kubik Mano)
- Dado Dolabella, que ficou conhecido por agressão e por ser enquadrado na Lei Maria da Penha, ganhou um R$ 1 milhão em um reality show após voto maciço de internautas e telespectadores. Um povo que premia um agressor de mulheres tem moral para reclamar de corrupção na política?
- Mesmo em cargo de chefia, mulheres têm que provar que são melhores do que os homens. Néstor morreu e houve gente que perguntou se Cristina teria capacidade de tocar o governo argentino sem os conselhos dele na cama. Fino…
- Temos uma mulher presidenta. Simbolicamente relevante, politicamente insuficiente. São poucas as governadoras, prefeitas, senadoras, deputadas, vereadoras. Mas também CEOs, executivas, gerentes, síndicas de condomínios. Falta criar condições para que elas cheguem lá. Ou alguém acha que isso vai ocorrer por geração espontânea?
- A Suprema Corte tem 11 assentos. Só dois deles pertencem a mulheres, infelizmente. Já ligaram a TV Justiça em horário de transmissão do STF? Testosterona demais, sabe?
- Mulheres são maioria nas redações, mas não em cargos de alta chefia – muitos menos entre os editorialistas, que redigem a opinião de veículo de comunicação.
Pesquisas apontam que a violência doméstica não é monopólio de determinada classe social e nível de escolaridade. Homofobia e machismo são problemas que ocorrem em todo o continente, da mexicana à chilena, passando pela brasileira. OK, no nosso caso é melhor colocar a culpa no processo de formação do Brasil, na herança do patriarcalismo português, nas imposições religiosas, no Jardim do Éden e por aí vai. É mais fácil atestar que somos frutos de algo, determinados pelo passado, do que tentar romper com uma inércia que mantém cidadãos de primeira classe (homens, ricos, brancos, heterossexuais) e segunda classe (mulheres, pobres, negras e índias, homossexuais etc). Tem sido uma luta inglória, mas necessária, tentar abrir a cabeça da sociedade.
- Para muita “gente de bem”, pior que prostituição infantil é mulher adulta ter direito ao seu próprio corpo. Até porque, cada coisa no seu lugar: mulher é historicamente objeto e menina com peito e bunda já é mulher. Mesmo que brinque de boneca.
- Lembram o que aquele juiz tosco, de Sete Lagoas (MG), disse ao rejeitar punições baseadas na Lei Maria da Penha?: “Ora, a desgraça humana começou no Éden: por causa da mulher, todos nós sabemos, mas também em virtude da ingenuidade, da tolice e da fragilidade emocional do homem (…) O mundo é masculino! A idéia que temos de Deus é masculina! Jesus foi homem!”(…) Para não se ver eventualmente envolvido nas armadilhas dessa lei absurda, o homem terá de se manter tolo, mole, no sentido de se ver na contingência de ter de ceder facilmente às pressões.” Se a mãe dele era viva, nesse momento, morreu de desgosto.
- Pau-a-pau com o arcebispo de Olinda e Recife José Cardoso Sobrinho, que excomungou, no ano passado, os médicos envolvidos em um aborto legal realizado em uma menina de nove anos, grávida de gêmeos do padrastro que a estuprava desde os seis anos de idade. Ela tinha 1,36 m e 33 quilos. Deus Pai!
Em 1983, o ex-marido de Maria da Penha atirou nas costas da esposa e depois tentou eletrocultá-la. Não conseguiu matá-la, mas a deixou paraplégica. Muitos anos de impunidade depois, pegou seis anos de prisão, mas ficou pouco tempo atrás das grades. A sua busca por justiça tornou-a símbolo da luta contra a violência doméstica. A Lei Maria da Penha, aprovada em 2006 para combater a violência doméstica contra a mulher, sofre constantes ataques. Interpretações distorcidas de juízes, falta de orçamento para colocar políticas de prevenção em prática, tentativas de diminuir a força dessa legislação. Inacreditável? Que nada! Viva o Brasil chauvinista e patriarcal, que usa a justificativa da “defesa da honra” para honrar a própria ignorância e covardia.
- A opressão realmente adota formas diferentes. Muitas vezes travestidas de um simples costume. Por exemplo, forçar a namorada a adotar o sobrenome após o casamento é bisonho. Uns vão chamar de tradição – esquecendo que tradição é algo construído, muitas vezes pela classe (ou gênero) dominante. Mas, pense pelo outro lado, se for para trocar, que tal invertermos e os homens começarem a adotar os sobrenomes de suas esposas?
- Uma pesquisa identificou que homens que trabalham no Brasil gastam 9,2 horas semanais com afazeres domésticos, enquanto que as mulheres que trabalham dedicam 20,9 horas semanais para o mesmo fim. Com isso, apesar da jornada semanal média das mulheres no mercado ser inferior a dos homens (34,8 contra 42,7 horas, em termos apenas da produção econômica), a jornada média semanal das mulheres alcança 57,1 horas e ultrapassa em quase cinco horas a dos homens – 52,3 horas – somando com a jornada doméstica. E os caras ainda dizem que trampam mais do que elas, vejam só.
- No Brasil, cantar um “tapinha não dói” tornou-se hit cult.
É o que eu já disse aqui antes: todos nós, homens, somos sim inimigos até que sejamos educados para o contrário. E tendo em vista a formação que tivemos, é um longo caminho até alcançarmos um mínimo de decência para com o sexo oposto.

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Leonardo Sakamoto é jornalista e doutor em Ciência Política. Cobriu conflitos armados e o desrespeito aos direitos humanos em Timor Leste, Angola e no Paquistão. Já foi professor de jornalismo na USP e, hoje, ministra aulas na pós-graduação da PUC-SP. Trabalhou em diversos veículos de comunicação, cobrindo os problemas sociais brasileiros. É coordenador da ONG Repórter Brasil e seu representante na Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo.

Postado por Familia meu maior patrimonio 

Pr. Josué Gonçalves

sábado, 26 de março de 2011

Presença de mulheres no governo esbarra no machismo dos partidos da base, diz ministra


Iriny Lopes daria início ao seu terceiro mandato como deputada federal pelo Espírito Santo este ano não tivesse sido escolhida pela presidenta Dilma Rousseff para ocupar a Secretaria de Política para as Mulheres, seu primeiro cargo no Executivo. Como ministra de Estado do ministério mais feminino da Esplanada – há 125 funcionários, dos quais 95 são mulheres -, ela é a principal conselheira da presidente Dilma para assuntos de gênero, dentro e fora do governo federal.
Mineira de Lima Duarte, município de 16 mil habitantes na Zona da Mata, casada, mãe de três e avó de dois, Iriny construiu uma carreira política no PT ligada a direitos humanos. Sua luta contra o crime organizado no Espírito Santo – estado que escolheu ainda jovem para se estabelecer – rendeu-lhe seis anos de vida sob escolta policial. “Lógico que eu tinha medo. Por mim e por minha família”, diz a ministra, uma mulher de 55 anos, tipo mignon, sem vestígio de maquiagem evidente no rosto, que não tem a menor intenção de ser vista como uma feminista de plantão.
Em entrevista aoMulher 7×7, Iriny afirmou que o governo federal sozinho não pode mudar a realidade da mulher no Brasil. Destacou o papel da iniciativa privada e criticou ainda os partidos políticos: “Ninguém poderá dizer que a presidenta Dilma não colocou mais mulheres no governo”, diz. “As pessoas terão que perguntar aos presidentes dos partidos quantas mulheres eles vão indicar para os cargos de segundo, terceiro, quarto e quinto escalões que estão aí para ser montados”.
Mulher7x7 - Em 2014, que metas a senhora gostaria de ter atingido como ministra de política para as mulheres?
Iriny Lopes - O Brasil é um país, queiram ou não os pessimistas de plantão, que vem conseguindo enfrentar suas dificuldades e vem se desenvolvendo num modelo que enfrenta as desigualdades regionais e que está voltado para os mais pobres. Dentro dessa perspectiva, o que espero para 2014 é que, nesse modelo de desenvolvimento, mais mulheres sejam atendidas. Em parte pelo governo, mas em parte pela iniciativa privada, porque nem todas as mudanças podem ser feitas pelo governo. A sociedade tem que fazer a sua parte. Eu espero ver mecanismos consistentes que garantam autonomia econômica e financeira e, portanto, social e cultural às mulheres e, em especial, as que estão dentro da chamada linha de pobreza e da miséria. Precisamos também combater o preconceito. As brasileiras têm mais tempo de estudo do que os homens, comprovadamente, e o número de mulheres que saem com seus diplomas do terceiro grau e do curso universitário também é maior do que os homens, no entanto, as mulheres são em menor número no emprego formal. Elas têm salários mais baixos e estão menos presentes nos cargos de chefia. Está colocado com todas as letras, que não adianta diploma nem qualificação. É lógico que tem discriminação contra as mulheres.
Uma pesquisadora da London School of Economics divulgou um estudo no qual sustenta que, na Inglaterra, as diferenças de acesso de mulheres e homens aos cargos de chefia deve-se ao fato de que as mulheres, na verdade, não almejam isso. A senhora acredita que isso possa estar acontecendo no Brasil?
Sim, pode ter mulheres que não almejem isso, mas querem um ambiente de trabalho seguro, com salário adequado ao seu desempenho, idêntico ao dos homens para a mesma função e não querem chegar ao cargo de chefia. Mas não se pode generalizar. Tem muitas mulheres que não conseguem chegar lá porque são mulheres. E isso não pode acontecer.
De todos os problemas enfrentados pelas brasileiras, a senhora considera a do mercado de trabalho a mais importante
Autonomia no mundo do trabalho é central para dar dignidade, inclusive para se fortalecer e enfrentar outros aspectos da desigualdade feminina como o turismo sexual, forte no Brasil, e o tráfico de mulheres, um problema no mundo todo. Uma mulher que tenha boa condição de acesso a emprego e renda fica menos vulnerável. É verdade que temos que intensificar o combate às organizações criminosas responsáveis pelo tráfico de mulheres. Não é uma solução que dependa só do Brasil. Essas redes criminosas são internacionais. Uma parte da solução é esse enfrentamento.
Falta ainda humanizar o serviço de atendimento às vítimas do tráfico, que voltam emocionalmente e fisicamente estraçalhadas. Elas precisam ser recebidas não como alguém que está chegando de uma viagem ao exterior, mas como pessoas que passaram por escravidão, abusos sexuais, psicológicos e financeiros.  Na ONU estamos tratando de acordos bilaterais para identificar essas mulheres, para que elas retornem aos seus países com segurança. Precisamos também criar oportunidades de estudo e trabalho para essas pessoas.
Que tipos de pedidos pessoais a senhora recebe?
De mulheres que estão chegando ao Brasil, muitas fugiram e tiveram que deixar seus filhos por serem cidadãos de outros países. Estamos pautando isso na ONU para ser discutido.  É um caso recorrente. Mulheres com medo de morrer porque o nível de agressão era muito alto. Aqui no Brasil em geral são mulheres muito pobres, com filhos viciados, e que buscam alternativa. Aí são as avós de 39 anos, 42 anos…Os pedidos que recebo nas ruas, em atividades públicas, sempre vêm com um pequeno currículo. A maior parte pede emprego.
A senhora se considera feminista?
Eu sou uma pessoa profundamente ligada à luta das mulheres. Não gosto muito de rótulos. Gosto de compromissos. A militância pelos direitos humanos é um compromisso de vida. Tem muitos aspectos do feminismo absolutamente positivos e outros que considero superados, embora a causa das mulheres não esteja resolvida em lugar nenhum do mundo, muito menos no Brasil. A busca de igualdade das mulheres é um dever de casa do planeta.
A presidenta Dilma lhe fez algum pedido especial ao convidá-la para o cargo?
A recomendação é contribuir com sugestões, propostas e estudos para enfrentar decisivamente a miséria. A presidenta tem a plena convicção de que entre os miseráveis grande parte são mulheres.
O fato de termos uma mulher na presidência vai dar um gás nas políticas voltadas para as mulheres?
Aumenta a expectativa, isso é certo. O governo Lula fez muita diferença. Constituir a secretaria já foi um marco. Na reunião da ONU, há três semanas, quando tive uma conversa razoavelmente longa com a Michelle Bachelet, percebi que avançamos. Me senti sob um aspecto confortável e sob outro, desafiada. Estou convencida de que o governo tem que criar um organismo para institucionalizar a inter-setorialidade que o tema gênero precisa ter, em todas as instâncias do governo. Porque não tem como, em lugar nenhum do planeta, você tornar um ministério como o nosso num ministério-fim. Eu não posso pegar a educação dirigida à mulher e colocar a aqui, a saúde da mulher e trazer para cá. As políticas desta secretaria permeiam todos os ministérios. Essa é a intersetorialidade. Por isso quero chegar em 2014 tendo certeza de que essa função se institucionalizou. Hoje temos comitês, núcleos, que funcionam mais ou menos a depender da dinâmica que se estabeleça dentro daquele ministério. E eu vou te dizer que não tem grandes experiências no mundo concluídas sobre isso não. O Brasil vai ousar fazer isso.
Qual é a proposta para definir bem essa política de gênero?
Talvez um fórum que se dirija à própria presidenta com representantes dos ministérios que interessem à política de gênero.  Neste momento, estamos tratando dessa construção. A presidenta Dilma trabalha com a idéia de fóruns consultivos. Daqui a uns dias, ainda neste mês, será constituído o Fórum de Direitos se Cidadania, mas ele não faz  interface com todos que têm que cuidar das questões das mulheres. Vamos fazer uma proposta. Mas não só dentro do governo federal. O governo federal elabora as políticas, destina recursos no Orçamento para os programas e estabelece os convênios com governos do Estado e dos municípios. A execução, na grande maioria, não está sob responsabilidade do governo federal.
Vários programas governamentais e obras financiadas pelo BNDES já incorporaram exigências quanto a conteúdo nacional e geração de emprego. Por que não incluir  também política para as mulheres?
Já tem o programa pró-equidade, que a presidente Dilma começou como ministra de Minas e Energia. Nós ampliamos, criamos um prêmio, que vai para a quarta edição em 2012. Acontece de dois em dois anos. Mas queremos sair do público para as empresas privadas. Na iniciativa privada está o grosso dos trabalhadoras.
Isso vale também para a presença de mulheres no governo federal?
Principalmente. Estamos começando a tratar disso. Não posso avançar muito ainda porque está embrionário, porque não tem modelo para copiar.
O governo federal não deveria dar o exemplo?
Dar o exemplo não. Essa é uma responsabilidade que temos que incorporar e responder. Um país em desenvolvimento, um país que está superando tantos desafios tem que superar isso também. Elegeu a primeira presidenta da história e o governo chefiado por ela tem que entender a questão do gênero como central e responder, o que não dá para fazer em 60 dias de governo. Já é positivo ter o tema como pauta interna. Preocupação a presidentatem, tanto que procurou estabelecer isso no primeiro escalão, negociando obviamente com quem tem que negociar. Mudanças de gênero não será tarefa exclusiva do governo. Por exemplo, os partidos têm que ter bons nomes de mulheres para colocar à disposição. Não adianta a presidenta querer. Num governo de coalizão como o nosso, se os partidos não têm essa preocupação, de nada adianta ser uma preocupação da presidenta.
Se os partidos continuam com postura machista, de predominância masculina nunca vai aparecer um nome de mulher para ser apresentado à presidenta. Ela não pode impor. Ela pode pedir, solicitar, mas ninguém apresenta nome de mulheres. Compete aos partidos apresentarem nomes que se esse nome tiver condições técnicas, o perfil adequado, ela vai receber aplaudindo.
A montagem do governo federal esbarra no machismo da própria base política?
Exatamente.  Por isso é que não somos nem 10% da Câmara Federal, e por isso que na reforma política queremos ter uma interferência grande. Aqui, na secretaria, seremos porta-voz para mudar essa realidade. Ninguém nunca poderá dizer que a presidenta Dilma não colocou mais mulheres no governo. Ninguém poderá imputar a ela essa responsabilidade. As pessoas terão que perguntar aos presidentes dos partidos quantas mulheres eles vão indicar para os cargos de segundo, terceiro, quarto e quinto escalões que estão aí para ser montados. Porque mudar a realidade das mulheres não é responsabilidade exclusiva do governo federal.

Fonte: Revista Época

quinta-feira, 24 de março de 2011

Câmara participa do movimento Hora do Planeta


Responsabilidade Social



No sábado (26), das 20h30 às 21h30, a Câmara dos Deputados vai apagar todas as luzes da Casa em adesão ao movimento promovido pela organização não-governamental WWF.
A edição 2011 do evento Hora do Planeta acontece no dia 26 de março, sábado, das 20h30 às 21h30, e contará com a participação da Câmara dos Deputados. A Hora do Planeta é um ato simbólico promovido no mundo todo pela organização não-governamental WWF. Governos, empresas e população demonstram preocupação com o aquecimento global apagando as luzes durante 60 minutos.
A Câmara aderiu formalmente ao evento ao assinar Termo de Adesão firmado entre a vice-presidente da Casa, Rose de Freitas, e pela secretária-geral do WWF Brasil, Denise Hamú.
Esta é a terceira vez que a Câmara participa do movimento. Em 2010, mais de um bilhão de pessoas em 4.616 cidades, em 128 países, apagaram as luzes durante a Hora do Planeta. Participe você também.

Internauta poderá participar de audiência pública da Comissão da Reforma Política


Comissão da Reforma Política realiza audiência pública nesta manhã

Internauta poderá participar pelo e-mail pergunte@camara.gov.br
Clique acima e assista ao vivo. Envie pergunta para pergunte@camara.gov.br
Comissão Especial  da Reforma Política realiza hoje a primeira audiência pública para debater o sistema eleitoral brasileiro. Foram convidados o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Walter Costa Porto; o juiz Marlon Jacinto Reis, integrante do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral; o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcanti; e o vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), arcebispo dom Luiz Soares Vieira.

Os internautas poderão enviar antecipadamente perguntas para os convidados pelo e-mail pergunte@camara.gov.br. Os questionamentos serão feitos por intermédio dos deputados que participarão do debate.  A audiência será transmitida ao vivo pela Agência Câmara. O debate está marcado para as 9 horas, no plenário 2.
De acordo com o sistema de trabalho definido pela comissão, as reuniões de quinta-feira serão destinadas à realização de audiências públicas relacionadas ao tema que estiver sendo discutido no momento, enquanto as votações serão concentradas nas reuniões de terça-feira.
Além dos quatro convidados iniciais, foram aprovados convites a diversas outras pessoas que serão chamadas posteriormente: o diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz; os sociólogos Maria Francisca Coelho, Maria Victória Benevides, Francisco de Oliveira e Guacira Cesar de Oliveira; a filósofa Marilena Chauí; e o cientista político Bolívar Lamounier. Todos os requerimentos foram apresentados pela deputada Luiza Erundina (PSB-SP).
Sistema eleitoral
Na terça-feira (22), houve uma apresentação geral aos deputados sobre os modelos de sistemas eleitorais – sistema proporcional, voto distrital, voto distrital misto, voto majoritário da circunscrição (o chamado distritão, que corresponde a todos os eleitores de um estado), lista aberta de candidatos (como é hoje) e lista preordenada de candidatos.
Segundo o cronograma anunciado pelo presidente da comissão, deputado Almeida Lima (PMDB-SE), os debates seguintes tratarão de financiamento de campanha, de regras de campanhas e propaganda eleitoral, e de instrumentos de participação popular (como plebiscito, referendo e projetos de iniciativa popular). Paralelamente, a comissão vai realizar cinco audiências externas, em estados das cinco regiões geográficas brasileiras.
A intenção de Almeida Lima é apresentar, ao final dos trabalhos, três propostas legislativas de acordo com a natureza dos temas: uma proposta de emenda à Constituição (PEC), um projeto de lei e um projeto de lei complementar. O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) anunciou que o seu partido vai defender que a reforma política aprovada no Congresso seja submetida à aprovação popular, por meio de plebiscito ou referendo.
*Matéria atualizada em 24/03
Reportagem – Rodrigo Bittar
Edição - Pierre Triboli

quarta-feira, 23 de março de 2011

Supremo julga aborto de fetos anencéfalos



O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), concluiu seu voto sobre a interrupção da gravidez de fetos anencéfalos (sem cérebro) e liberou o processo para julgamento. Esse é um dos temas mais controversos em tramitação no tribunal, que teve sua composição plena restabelecida na semana passada com a posse do ministro Luiz Fux.
A ação foi ajuizada em 2004 pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS). A entidade defende a descriminalização do aborto em caso de gestação de feto anencéfalo. O tema contrapõe os defensores do direito das mulheres e aqueles que acreditam ser a vida intocável. Hoje, o Código Penal brasileiro só autoriza o aborto em casos de estupro ou quando a gravidez põe em risco a vida da mãe.
Numa decisão provisória, o ministro Marco Aurélio reconheceu “o direito constitucional da gestante de submeter-se à operação terapêutica de parto de fetos anencéfalos, a partir de laudo médico atestando a deformidade, a anomalia que atingiu o feto”. Naquele mesmo ano, porém, o plenário do Supremo revogou a liminar concedida por Marco Aurélio para que a apreciação da matéria fosse julgada em definitivo no mérito. O que ocorrerá agora.

Retirado do Site da Revista Época

Zona franca será estendida para toda a região norte


A presidente Dilma Rousseff disse que pretende ampliar a licença da zona franca de Manaus por 50 anos e expandir o modelo para os outros Estados da região norte
AGÊNCIA BRASIL

A presidente Dilma Rousseff anunciou que vai prorrogar por 50 anos a licença da Zona Franca de Manaus. Ao deixar o Teatro Amazonas, onde lançou o Programa de Fortalecimento da Rede de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama, Dilma disse que também estenderá aos demais estados da Região Norte o modelo tributário da zona franca. A renovação se dará a partir de 2013, quando termina o prazo de operação.
"O governo decidiu prorrogar a Zona Franca de Manaus por 50 anos a partir da data do seu vencimento e queremos estender este modelo a toda a região", disse a presidenta. A licença da zona franca foi prorrogada pela primeira vez de 1997 para 2007. Em 1998, o prazo foi ampliado para 2013.
A Zona Franca de Manaus foi criada em 1957 para funcionar como um porto livre. Dez anos depois, o governo reformulou o modelo, estabelecendo incentivos fiscais por 30 anos para implantação de um polo industrial, comercial e agropecuário na Amazônia.
O atual modelo envolve uma área física de 10 mil quilômetros quadrados (km²), tendo como centro a cidade de Manaus e está assentado em incentivos fiscais e extrafiscais. Dilma ressaltou que a ampliação da zona franca funciona como uma proteção para a floresta, na medida em que oferece uma opção de desenvolvimento sem destruição da biodiversidade da Amazônia. "É muito importante ter uma alternativa que não tenha a ver com a destruição da selva e, sim, com a preservação da biodiversidade", disse Dilma, acrescentando que sua intenção é "criar um muro virtual de proteção à floresta".
JL

quarta-feira, 16 de março de 2011

Por que Tóquio não alaga?

Anualmente uns 25 tufões assolam o território japonês.


Desses, dois ou três atingem Tóquio em cheio, com chuvas fortíssimas durante várias horas ou até um dia inteiro.


Mas nem por isso ocorrem enchentes ou alagamentos na cidade.


Por que será? Veja as explicações abaixo.




Subterrâneos de Tóquio


O subsolo de Tóquio alberga uma fantástica infraestrutura cujo aspecto se assemelha ao cenário de um jogo de computador ou a um templo de uma civilização remota.


Cinco poços de 32 m de diâmetro por 65 m de profundidade interligados por 64 Km de túneis formam um colossal sistema de drenagem de águas pluviais destinado a impedir a inundação da cidade durante a época das chuvas.



A dimensão deste complexo subterrâneo desafia toda a imaginação.


É uma obra de engenharia sofisticadíssima realizada em betão, situada 50 m abaixo do solo, fato extraordinário num país constantemente sujeito a abalos sísmicos e onde quase todas as infraestruturas são aéreas.


A sua função é não apenas acumular as águas pluviais como também evacuá-las em direção a um rio, caso seja necessário.


Para isso dispõe de 14.000 HP de turbinas capazes de bombear cerca de 200 t de água por segundo para o exterior.




Parlamentares vão discutir uso de energia nuclear no Brasil


A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável vai realizar audiência pública para discutir o uso de energia nuclear no Brasil. O debate, que ainda não tem data definida, foi proposto pelo deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP). Ele argumenta que, em razão da recente catástrofe ocorrida no Japão, é necessário debater, além da utilização e pesquisa em energia nuclear, as demais fontes de energia disponíveis e compatíveis com as condições ambientais do País. 

No requerimento, Tripoli argumenta que já há um cronograma do Ministério de Minas e Energia para a construção de mais quatro usinas nucleares no Brasil. Ele lembra que essas novas unidades devem entrar em operação nos próximos 19 anos. Segundo o deputado, por mais bem preparado que esteja um país e por melhor orientada que seja sua população, é limitada a capacidade humana para conter os efeitos dos desastres naturais e nucleares.
“O acidente de Fukushima, que pode se repetir em outras centrais nucleares pelo mundo provoca dúvidas sobre o nível de segurança das usinas nucleares e estimula o debate sobre a necessidade de se usar esse tipo de energia”, afirma o deputado, que defende maiores investimentos em fontes alternativas, como a eólica e a solar. No requerimento aprovado, o deputado sugere que sejam convidados para o debate representantes da Comissão Nacional de Energia Nuclear, da Secretaria Nacional de Defesa Civil, da Eletrobras Furnas, o professor Luiz Pinguelli Rosa e o consultor ambiental e ex-deputado Fabio Feldmann.
Comissão mista
Ontem, os líderes do PSDB, Duarte Nogueira (SP), e do PV, Sarney Filho (MA), apresentaram requerimento à Mesa Diretora do Congresso para que seja criada uma Comissão Mista Especial com o objetivo de acompanhar, monitorar e fiscalizar as ações referentes à implantação de usinas nucleares no Brasil.
A tragédia no Japão, segundo os líderes, já fizeram diferentes países anunciar mudanças na segurança de seus programas nucleares. É fundamental, de acordo com eles, que o Congresso acompanhe os estudos sobre a situação das usinas já existentes e também sobre a construção de novas unidades nucleares no Brasil.
Para os parlamentares, é preocupante a iminência da instalação de novos empreendimentos nucleares no Brasil, por iniciativa do Executivo, "sem que haja prévia participação do Congresso Nacional e sem que se assegure amplo debate público sobre a matéria".
Riscos de acidentes 
Ontem, no Plenário, diversos parlamentares também mostraram preocupação com o tema. Sarney Filho leu nota oficial do PV na qual ressalta que a usina nuclear de Fukushima está numa situação de risco total. Na nota, o partido diz que a recente declaração do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, de que a questão nuclear brasileira está dissociada da japonesa é precipitada e incoerente, "pois observamos que a usina do Japão não explodiu por conta do tsunami ou dos sucessivos terremotos da região, mas devido a uma simples falha no suprimento de eletricidade".
O Programa Nuclear Brasileiro, critica o PV, foi criado e mantido oculto da sociedade. "Por que vamos investir R$ 30 bilhões para implantar mais quatro usinas nucleares para gerar apenas 4 mil megaWatts?", questiona. O deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) lembrou que as centrais nucleares em funcionamento ou prestes a entrar em funcionamento no Brasil são dos anos 70, a manutenção é cara, e os riscos de acidente são altos.
Da Redação/PCS

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domingo, 13 de março de 2011

Câmara envia nota de solidariedade por terremoto e tsunami no Japão


A Câmara dos Deputados prestou condolências ao povo japonês, que sofreu nesta sexta-feira o maior terremoto já registrado no país – 8,8 graus na escala Richter – e o sétimo maior na história do mundo. O presidente da Câmara, Marco Maia, enviou nota à Embaixada do Japão destacando o sentimento de solidariedade do Legislativo brasileiro em relação às vítimas e manifestando “o nosso apoio e o nosso sentimento de muita força, de muita fé ao povo japonês neste momento”.
No texto, Marco Maia disse esperar que o Japão se recupere logo da perda de vidas e dos prejuízos materiais causados pela catástrofe. Atualmente, cerca de 255 mil brasileiros vivem no Japão. De acordo com o Itamaraty, ainda não se sabe se algum deles foi vítima do desastre.
Segundo informações da rede pública de comunicação do Japão, o tremor de terra ocorreu por volta das 2h40, no horário de Brasília. Logo depois, houve outros três abalos com 7 graus de magnitude ou mais.
As origens dos terremotos estavam todas em alto-mar, perto da região nordeste do Japão, o que causou a formação de ondas gigantes que inundaram várias cidades do país. Pelo menos 337 pessoas morreram e 531 estão desaparecidas, segundo balanço da polícia.
Reportagem – Ginny Morais/Rádio Câmara 
Edição – Marcos Rossi

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quinta-feira, 10 de março de 2011

"Renda feminina cresce mais do que masculina no Nordeste"




Saiu na Folha online:





Renda feminina cresce mais do que masculina no Nordeste



CLAUDIA ROLLI

VERENA FORNETTI

DE SÃO PAULO



A renda das mulheres cresceu mais do que a dos homens em três regiões metropolitanas do Nordeste pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos) em 2010.



Em Fortaleza, Recife e Salvador, enquanto o rendimento feminino por hora avançou de 1,8% a 12,7%, o masculino variou de -0,2% a 9,7%.



Nas outras regiões do país, a renda feminina também avançou, mas em São Paulo e em Porto Alegre o incremento foi menor do que o obtido pelos homens. Em Belo Horizonte e no Distrito Federal, a variação foi semelhante.



A renda feminina foi puxada, principalmente, pelo comércio e pelos serviços domésticos –o Distrito Federal e em Recife, a indústria também se destacou. Para os homens, a construção civil esteve entre os setores com maior alta na remuneração.



(…)

terça-feira, 8 de março de 2011

Emancipação econômica é prioridade para bancada feminina



Pesquisa revela que mulheres ganham, em média, 33% menos que os homens. Propostas em tramitação na Câmara buscam ampliar a autonomia financeira feminina.
Divulgação/Agência Brasil
Mulheres
Nas 500 maiores empresas brasileiras, apenas 13,7% dos cargos de chefia são ocupados por mulheres.
A redução da desigualdade econômica entre homens e mulheres é uma das prioridades da bancada feminina da Câmara. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2009 apontam que as mulheres compõem 42,6% da força de trabalho, em um universo de 86,7 milhões de pessoas ocupadas. No entanto, elas recebem em torno de 32,9% menos que os homens, muitas vezes nos mesmos cargos. Outro estudo, lançado em 2010 pelo Instituto Ethos e pelo Ibope Inteligência, mostra a baixa representação feminina nos postos de chefia e direção das 500 maiores empresas do Brasil: de um total de 1.506 diretores, as mulheres eram apenas 207, ou 13,7% - nos cargos de gerência, o percentual sobe para 22%.
Nesse sentido, tramitam na Casa diversas propostas que buscam ampliar a autonomia financeira feminina. Entre elas, destaca-se o Projeto de Lei 6653/09, que prevê ações para garantir a igualdade nas oportunidades de emprego entre homens e mulheres. Segundo a coordenadora da bancada feminina, deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP), a proposta deve ser votada pelo Plenário no próximo dia 15, como parte do esforço para votação, no mês em que se comemora o Dia da Mulher (8 de março), de projetos apontados como prioritários pelas deputadas.  “Não se trata de cotas, mas de mecanismos que favoreçam a ascensão feminina”, explica a autora da proposta, deputada Alice Portugal (PCdoB-BA).
O texto estabelece normas, algumas orientadoras, outras apenas sugestivas, para que se combata a discriminação contra a mulher e as trabalhadoras passem a exercer com mais frequência papéis estratégicos na iniciativa privada e no serviço público. “A defesa dos direitos da mulher não é uma guerra dos sexos. É a luta para que homens e mulheres tenham espaço e igualdade de chances”, defende a deputada.
Opressão
Portugal ressalta que a mulher que depende exclusivamente do parceiro não tem, muitas vezes, poder de decisão sobre sua própria vida familiar. “O poder econômico é uma das ‘bolas-mestras’ da emancipação”, diz. A opinião é compartilhada pela coordenadora da bancada feminina, deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP), que lembra que grande parte das brasileiras, principalmente as negras, vivem na pobreza.
A pesquisadora Verônica Ferreira, do SOS Corpo - Instituto Feminino para a Democracia, reforça esse ponto de vista ao dizer que a dependência financeira da mulher dificulta o enfrentamento da situação de opressão e até de violência doméstica. Verônica defende a implementação de políticas que favoreçam a autonomia feminina em todos os espaços sociais e destaca a necessidade de uma mudança estrutural na “sociedade patriarcal machista” e no combate à miséria, por meio, por exemplo, da reforma tributária e da redistribuição da renda no País.
Donas de casa
Outro tema que preocupa as parlamentares é a situação das donas de casa. O Projeto de Lei 5933/05, da deputada Luci Choinacki (PT-SC), que tramita apensado ao PL 5773/05, do deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), assegura aposentadoria especial para quem não tem renda própria e se dedica exclusivamente ao trabalho doméstico de seu lar, desde que pertencente a famílias de baixa renda. Os textos aguardam análise da Comissão de Seguridade Social e Família.
A presidente da Associação das Donas de Casa de Goiás (ADC-GO) e representante da Campanha Nacional pelo Direito à Aposentadoria das Donas de Casa, Maria das Graças Santos, avisa que acompanhará os trabalhos da Câmara neste ano na expectativa de que os projetos sejam aprovados. “Queremos reconhecer as donas de casa como trabalhadoras. Elas contribuem para a riqueza do País, mas são excluídas e vivem na informalidade, na dependência do marido ou dos filhos”, reclama.
Alice Portugal também acredita na necessidade de remunerar as donas de casa. “Muitas vezes, após 35 anos de casamento, o marido vai embora e ela, que prestou serviços a vida inteira, não tem um amparo qualquer”, diz a parlamentar.

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