Você já viveu a experiência de receber uma doação de sangue? Ou mesmo já teve que apelar para a solidariedade dos amigos e parentes em busca de uma doação para um ente querido? Parece que estas são as duas únicas oportunidades de convivermos pessoalmente com uma situação que é bem mais séria para centenas de pessoas que convivem com esta realidade e às vezes de maneira bem mais freqüente. Não vejo como dissociar esta prática de uma demonstração de fé e solidariedade, e que nos conduz à responsabilidade de sermos instrumentos de conscientização e envolvimento do povo nesta luta pela vida. O sangue que é hoje doado estará em seis meses completamente restituído para uma nova doação. É o ciclo da vida renovando-se e correndo em nossas veias.
Sempre que menciono este assunto, lembro-me da maior doação realizada em prol de toda humanidade. Pois fomos receptores da graça contida no sangue de Jesus Cristo, que foi derramado por cada um de nós. E por qual motivo Jesus morreu em uma cruz? De que valeu o seu sacrifício? Precisamos responder estas questões com a preocupação de não limitarmos este episódio a um mero fato histórico e percebemos que esta “doação de sangue” foi decretada por Deus para salvação do homem. Infelizmente, há muitos que ainda acham que Deus necessita disputar poder com demônios, encostos e outros inimigos cabendo ao homem fazer valer por meio de sua fé e de “suas ofertas” a vitória e libertação para uma vida feliz e próspera. Se assim fosse, qual a razão da cruz? E qual o motivo do sangue derramado?
É lamentável a situação de escassez de doadores em que se encontra o Hemoba, necessitando de uma grande campanha de mobilização que incentive e conscientize o povo a fazer desta prática um ato de fé e solidariedade. Ser um doador de sangue é sentir-se abençoado por Deus pela dádiva da saúde, podendo contribuir para a manutenção da vida de centenas de pessoas que necessitam de uma doação. Gostaria de aproveitar esta reflexão para sugerir que os órgãos competentes do Estado promovam, neste final de ano, projetos do tipo “seu sangue é show”, em que os doadores receberiam ingressos para teatros e shows. E que o Hemoba busque as igrejas de todas as confissões e credos para que, envolvidas em uma campanha anual de doação “sangue, saúde e salvação”, recebam uma espécie de selo solidário de participação na campanha. Precisamos envolver toda a sociedade civil neste objetivo para que, em breve, não vejamos os hospitais do Estado em uma situação de “sangue zero”.
Desejo me colocar à disposição para que algumas destas iniciativas possam ser concretizadas, e peço aos queridos leitores que reflitam na realidade irrefutável de que foi por todos nós “hemofílicos espirituais” que Jesus derramou seu precioso sangue, e isto precisa servir de inspiração para que sejamos seus instrumentos na salvação de outras vidas. Façamos desta prática uma oportunidade de transmitir a verdade espiritual contida no sangue do cordeiro. “E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo e nação”. (Apc.5:9).
Elvis Kleiber F. de Carvalho
Pastor da Igreja Congregacional da Federação (Salvador-BA)
e-mail: elviskleiber@ig.com.br
Desde os meus 18 anos doei sangue e até alguns anos atrás fui doador de plaquetas, com o propósito da solidariedade. Meu pai me ensinou assim. Aprendi a fazer e o fazia por amor.
Há exatos 4 anos passei por um momento difícil após uma cirurgia. Tive várias hemorragias e precisei de sangue por quatro vezes. Passei pela experiência de receber sangue e é isto que quero compartilhar.
Quando alguém perde muito sangue, tem a sensação de que a vida esvai-se, ainda que aos poucos, provocando uma certa agonia. Mas ao primeiro frasco de sangue recebido toda esta sensação ruim é transformada em vivificação. O corpo é reanimado e parece que tudo volta a funcionar normalmente.
A respiração regulariza, bem como os batimentos cardíacos, a temperatura do corpo e até o apetite ressurge.
Devido as transfusões não mais posso ser doador. Contudo, sempre que posso compartilho a minha experiência com o fim único de incentivar outras pessoas a serem doadoras.
Irmã Lauriete, paz!
ResponderExcluirDesde os meus 18 anos doei sangue e até alguns anos atrás fui doador de plaquetas, com o propósito da solidariedade. Meu pai me ensinou assim. Aprendi a fazer e o fazia por amor.
Há exatos 4 anos passei por um momento difícil após uma cirurgia. Tive várias hemorragias e precisei de sangue por quatro vezes. Passei pela experiência de receber sangue e é isto que quero compartilhar.
Quando alguém perde muito sangue, tem a sensação de que a vida esvai-se, ainda que aos poucos, provocando uma certa agonia. Mas ao primeiro frasco de sangue recebido toda esta sensação ruim é transformada em vivificação. O corpo é reanimado e parece que tudo volta a funcionar normalmente.
A respiração regulariza, bem como os batimentos cardíacos, a temperatura do corpo e até o apetite ressurge.
Devido as transfusões não mais posso ser doador. Contudo, sempre que posso compartilho a minha experiência com o fim único de incentivar outras pessoas a serem doadoras.
Abraço fraterno.